A hipertermia maligna é uma doença fármaco-genética potencialmente letal que acomete indivíduos geneticamente predispostos e afeta aproximadamente 1 a cada 50.000 pessoas anestesiadas. O problema se manifesta quando o seu portador é submetido a um ou mais fatores desencadeantes durante uma anestesia geral.
Pacientes com essa síndrome tem um aumento descontrolado da temperatura corporal, que excede a capacidade do corpo de perder calor e é relacionada à exposição a anestésicos inalatórios e relaxantes musculares específicos.
A hipertermia maligna pode se desenvolver durante anestesia ou no início do período pós-operatório. A apresentação de sintomas clínicos variam de acordo com os fármacos usados e a suscetibilidade do paciente. O primeiro sinal é rigidez muscular, especialmente no maxilar, seguido de taquicardia, outras arritimias, taquipneia, acidose, choque e hipertermia.
É possível saber se tenho hipertermia maligna?
Através de testes laboratoriais e genéticos pode-se confirmar o diagnóstico da síndrome. Desta forma, os familiares de alguém que apresentou hipertermia maligna são considerados em risco, por isso é muito importante informar o médico anestesiologista se houver casos suspeitos na família.
Se os resultados dos exames ou histórico familiar apontar aumento da chance de ser portador da síndrome, as medicações que podem levar à hipertermia maligna são evitadas, possibilitando receber anestesia geral sem problemas.
A taxa de mortalidade por HM vem declinando a cada dia devido ao diagnóstico precoce pela monitorização e ao tratamento instituído de forma rápida e adequada.